Mas Hanói quer também comercializar o produto no estrangeiro para ajudar os países onde a epidemia está a causar perdas económicas.
“A produção da vacina é um acontecimento histórico (…). O nosso objetivo é também a exportação”, disse, na quarta-feira, o vice-ministro da Agricultura vietnamita, Phung Duc Tien, sem apresentar um calendário para a exportação nem uma estimativa da capacidade de produção do Vietname.
A peste suína africana, inofensiva para os humanos, mas devastadora para o gado, foi detetada pela primeira vez no Vietname, em fevereiro de 2019. Desde então, o país teve de abater milhões de cabeças.
Nenhuma vacina comercial esteve até agora disponível em todo o mundo para prevenir a doença.
A vacina vietnamita tem sido desenvolvida desde 2020 em parceria com peritos norte-americanos e foram realizados cinco ensaios clínicos.
“A sua duração de imunidade é de seis meses”, disse Phung Duc Tien.
A segurança e a eficácia do produto foram confirmadas pelo Serviço de Investigação Agrícola do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos, salientou.
Embora o surto de peste suína tenha diminuído no Vietname, a doença continua a causar estragos em algumas partes do mundo.
Entre janeiro de 2020 e abril passado, foram comunicados mais de 1,1 milhões de casos em 35 países dos cinco continentes em suínos domésticos, de acordo com dados da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE).
Fonte: NM