Representantes da petrolífera Sonangol e da empresa Basali Ba Liseli Resources Limited (BBRL), pelo lado zambiano, reúnem-se nesta sexta-feira próxima, em Lusaka, para discutir os novos termos de referência, visando o relançamento do projecto AZOP, que integra a construção de um oleoduto, entre os dois países.
Segundo um comunicado de imprensa enviado hoje ao Jornal de Angola, o assunto da construção do oleoduto dominou a audiência concedida quarta-feira, em Lusaka, entre o ministro Zambiano da Energia, e o embaixador de Angola naquele país, Azevedo Francisco.
O chefe da Missão Diplomática na Zâmbia foi portador de uma mensagem verbal do ministro angolano dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás, Diamantino de Azevedo, ao seu homólogo zambiano, Peter Chibwe Kapala, na qual é expressa a intenção de Angola em avançar com os entendimentos rubricados com o anterior governo zambiano, no domínio energético.
O Memorando de Entendimento rubricado em 2021 prevê a troca de experiências, formação profissional e cooperação institucional. No entanto, o projecto (AZOP), que inclui um canal de transporte de derivados de petróleo [combustível e gás], para o mercado zambiano é o assunto de destaque.
Angola quer aproveitar a privilegiada condição geográfica da Zâmbia, que faz fronteira com oito países, aos quais a Sonangol espera fazer chegar os seus refinados, através do oleoduto. A Zâmbia, por exemplo, compra boa parte do seu combustível, a partir da Arábia Saudita e inclina-se para o mercado angolano, dadas as vantagens comerciais inerentes.
No final da audiência, assistida pelo embaixador da Zâmbia em Angola, Lawrence Chalungumana, diplomata angolano evitou entrar em detalhes, tendo afirmado que o interesse dos dois países, nestes e em outros domínios é inquestionável. “Precisamos apenas dar vida aos acordos já celebrados”, concluiu Azevedo Francisco.
Dados de 2020 indicavam um custo estimado em cinco biliões de Dólares, para construção do “oleoduto”, de transporte múltiplo de derivados do petróleo, a partir de Angola.
Com base nos estudos prévios, uma estação de estocagem de derivados de petróleo, deverá erguida numa das províncias do Leste de Angola, a partir da qual seriam fornecidos os fluidos para diferentes países da região Austral de África.
A BBRL (Basali Ba Liseli Resources Limited) é empresa privada de direito zambiano e foi indicada pelo Governo da Zâmbia, para tratar com a Sonangol os aspectos práticos, ligados a cooperação no sector energético.
Fonte: JA