Mais de 30 pessoas fiéis da Igreja Presbiteriana nos Camarões morreram, incluindo mulheres e crianças, num ataque feito no fim de semana por um grupo étnico rival, anunciou hoje o porta-voz deste grupo religioso.
De acordo com a agência francesa de notícias, a France-Presse (AFP), o ataque é consequência de uma disputa de terras que redundou em violência.
“Tudo começou com uma disputa de terras entre os Oliti e os Messaga Ekol, de Akwaya (…) a 29 de abril, os Oliti atacaram e mataram vários Messaga Ekol nas suas quintas, os Oliti mobilizaram-se então e receberam o apoio de homens armados que tinham contratado, lançando ataques muito violentos, desumanos e destrutivos contra os Messaga Ekol”, disse o Reverendo Forba Fonki Samuel, porta-voz da igreja, à AFP.
“Nestes ataques, queimaram-se casas e queimaram-se pessoas dentro das suas casas, e algumas também foram decapitadas”, disse a Igreja Presbiteriana.
O massacre aconteceu no sábado e no domingo na aldeia de Bakinjaw, na comuna de Akwaya, perto da fronteira com a Nigéria, acrescentou o reverendo.
O ataque aconteceu na região sudoeste do país, uma das duas regiões anglófonas dos Camarões, onde um conflito mortal coloca grupos separatistas armados contra a polícia há mais de cinco anos, com os civis a serem as principais vítimas.
No entanto, de acordo com a AFP, nada liga o massacre do fim de semana a esta guerra.
Fonte: NM