Ao tomar esta decisão, anunciada na plataforma digital do BNA, na terça-feira, o banco central considera que o conceito das reservas internacionais líquidas, para o qual não existe uma definição, não é uniforme entre países, subentendendo frequentemente as reservas internacionais brutas.
Em muitos casos, declara o comunicado em que o BNA anuncia a decisão, as publicações nem sequer fazem qualquer referência às reservas internacionais líquidas, usando as brutas como conceito para comprar as reservas internacionais entre diferentes países.
Nos termos dos manuais metodológicos do FMI, as reservas internacionais são activos externos de disponibilidade imediata sob o controlo das autoridades monetárias, que servem para atender as necessidades de financiamento da balança de pagamentos, suportar as intervenções no mercado cambial de forma a influenciar a taxa de câmbio, garantir a confiança na moeda e na economia e servir de base para a obtenção de empréstimos externos.
No contexto da economia angolana, diz o BNA, “as reservas internacionais são uma variável muito importante para a estabilização macroeconómica e, em particular, a estabilização do mercado monetário e cambial” sendo “crucial que, para efeitos de apuramento desta variável económica, seja adoptada a metodologia mais convencional, de modos que se divulgue ao público, uma posição das reservas internacionais mais próximo possível do seu valor efectivamente disponível”.
No fim de Março, o BNA revelou, depois de uma reunião do Comité de Política Monetária, o valor das reservas internacionais acumulado até ao fim do mês precedente, declarando que se tinham situado em 15,87 mil milhões de dólares norte-americanos, representando uma cobertura de 10,44 meses de importações de bens e serviços, ligeiramente menos que os 16,17 mil milhões de dólares registados em Janeiro de 2022.
Fonte: JA