O governador do Cuando Cubango garantiu, ontem, na cidade de Menongue, que vai envidar esforços na construção de infra-estruturas para criação de núcleos do ensino superior da Universidade Cuito Cuanavale em algumas sedes municipais na província.
José Martins disse, durante um culto ecuménico na igreja Pentecostal, que anualmente se regista, em todos os municípios do interior da província, um elevado número de alunos que terminam o ensino médio, mas por falta de uma instituição de nível superior, não conseguem dar continuidade aos estudos.
O facto da Universidade Cuito Cuanavale estar confinada na cidade de Menongue, apontou, tem dificultado muito a população estudantil nos municípios do Cuchi, Cuito Cuanavale, Calai, Cuangar, Dirico, Mavinga, Nancova e Rivungo.
Para o governante, a falta de alojamento e condições financeiras são os principais entraves para aqueles que terminam o ensino médio e desejam ingressar no ensino superior público em Menongue.
A maior parte dos alunos finalistas do ensino médio nos municípios do interior, referiu, pertencem a famílias vulneráveis e sem rendimentos adequados, para alugar uma residência e custear outras despesas inerentes para fazerem o ensino superior na cidade de Menongue.
“Vamos trabalhar com o Governo central, no quadro das políticas públicas para que se faça um planeamento e estudo de viabilidades para, em breve, a Universidade Cuito Cuanavale, ter núcleos a funcionarem em algumas sedes municipais, em especial as de maior cifra demográfica estudantil”, disse.
A expansão do ensino superior público nos restantes municípios, realçou, é uma medida vista pelo Governo do Cuando Cubango como a melhor solução para encorajar os alunos residentes e os empregados a não abandonarem as localidades.
Ao concretizar o desafio da criação de núcleos em alguns municípios, afirmou, vai-se pôr fim ao recrutamento de muitos funcionários públicos que saem de outras províncias.
O governador disse, ainda, que está preocupado com a vandalização dos bens públicos, acto em ascensão nos últimos meses, cujas consequências têm tido impacto negativo na vida de todos. “O roubo de carteiras, portas e janelas nas escolas e unidades sanitárias, assim como o furto de cabos eléctricos, parafusos e linhas do caminho de ferro, têm prejuízos incalculáveis. É preciso que a igreja tenha um papel fundamental na inversão do actual quadro”.