O número de mortos em consequência do desabamento na quinta-feira de uma escola em Bukavu, leste da República Democrática do Congo, subiu para 11, confirmou hoje um representante da sociedade civil.
Era um edifício que albergava turmas do ensino básico e secundário de uma escola privada. Desabou a meio do dia e, felizmente, não havia alunos. Mas alguns funcionários administrativos estavam a fazer uma reunião”, disse à Efe David Aluta Balongelwa, porta-voz da sociedade civil na cidade afectada e capital da província Kivu do Sul, Bukavu.
O número de mortos ainda é provisório, pois as operações de busca e resgate continuam com a ajuda da Cruz Vermelha e de jovens voluntários locais, acrescentou Balongelwa.
“A primeira contagem foi de quatro mortos e vários feridos, mas aumentou rapidamente. No total, foram encontrados 11 corpos nos escombros”, disse ainda.
Os desmoronamentos de edifícios são comuns nesta região da RDC, onde as normas de construção não são frequentemente respeitadas.
“Esta situação deve ser levada ao conhecimento das autoridades provinciais. Não é normal, os edifícios não são bem construídos e acabam por ruir e matar pessoas”, disse Balongelwa.
O acidente ocorreu às 14:30 locais (13:30 em Lisboa) no complexo escolar Omega La Merveille.
O leste da RDC, situado numa das falhas do Rift da África Oriental, está sujeito a uma forte actividade sísmica, que ocasionalmente provoca o desmoronamento de edifícios e erupções vulcânicas.
O mais recente ocorreu em 2021 em Goma, cerca de 100 quilómetros a norte de Bukavu, e provocou várias dezenas de mortos.
Deslizamentos de terras, desmoronamentos e grandes incêndios atingem frequentemente os bairros populares de Bukavu.
Desde o início do ano, mais de 30 pessoas morreram em circunstâncias semelhantes.
Fundada no início do século XX, na margem sul do lago Kivu, por colonos belgas, Bukavu, anteriormente conhecida como Costermansville, foi projectada para cerca de 100.000 habitantes.
Actualmente, a população está estimada em cerca de 2 milhões de habitantes, um número difícil de confirmar devido à inexistência de um recenseamento.