A UICN divulgou hoje uma atualização da Lista Vermelha de Espécies Ameaçadas, que inclui agora, no total, dados de 163.040 espécies animais e vegetais, mais 6.000 do que no ano passado.
A organização internacional de conservação atribui a culpa às pressões das alterações climáticas, às espécies invasoras e à atividade humana, como tendências nas redes sociais.
Por exemplo, os catos Copiapoa são cobiçados como plantas decorativas, impulsionando um comércio ilegal que tem crescido nas redes sociais, onde entusiastas e comerciantes exibem e vendem as plantas.
A atualização da Lista Vermelha aponta que 82% das espécies desses catos estão agora em risco de extinção, um aumento de 27 pontos percentuais do que o registo de 2023.
De acordo com a organização, os contrabandistas e os caçadores furtivos ganharam maior acessibilidade ao habitat das plantas devido à expansão de estradas e à construção de habitações na zona do Atacama.
O relatório hoje publicado também destaca o elefante asiático de Bornéu como uma espécie em extinção, estimando-se que apenas cerca de 1.000 destes animais permaneçam na natureza.
A população diminuiu nos últimos 75 anos principalmente devido à desflorestação extensiva, destruindo grande parte do habitat dos elefantes.
Conflitos com humanos, perda de habitat devido à agricultura e plantações de madeira, mineração e desenvolvimento de infraestruturas, caça furtiva, exposição a agroquímicos e acidentes rodoviários também ameaçam a espécie, sustenta a UICN.