Técnicos de vigilância sanitária, académicos e investigadores de todas as províncias estão desde hoje, segunda-feira, em Caxito, província do Bengo, a reforçar a capacidade de análise do risco de pragas em culturas agrícolas.
O workshop sobre análise do risco de pragas, que decorre até sexta-feira, é promovido pelo Ministério da Agricultura e Pescas, em parceria com a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), no âmbito do projecto de apoio à operacionalização da política agrícola regional da SADC.
Pretende-se, com o evento, partilhar práticas e informações relevantes sobre a análise de risco de pragas, assim como destacar a necessidade e o processo de notificação de novas pragas à Convenção Fitossanitária Internacional (CFI).
Na abertura, o chefe de departamento nacional de agricultura e protecção de plantas do Ministério da Agricultura e Pescas, Ribeiro João António, explicou que a análise de risco de pragas é a ponte entre as informações científicas e os responsáveis pela tomada de decisão sobre a gestão das pragas.
“A análise de risco de pragas não pode ser feita de forma isolada, mas associada a um tratamento estatístico, a sua georreferenciação, aos indicadores agroclimáticos, a demografia, a saúde vegetal e animal”, esclareceu.
Apontou como desafios do Ministério da Agricultura e Pescas na análise de risco de pragas a virose da mandioca, a broca do milho, a tuta absoluta no tomate, a mosca da fruta, a lagarta militar e a praga de gafanhotos.
O representante da FAO, Panzo Domingos, ressaltou a importância deste treinamento no âmbito da inserção de Angola nos mercados regional e internacional.
“Em razão disso, estamos empenhados no desenvolvimento das competências das entidades envolvidas no sector da sanidade vegetal, em particular, e, no sector agrário, em geral, para viabilizar a integração de Angola nos mercados de produtos agropecúarios regional e internacional. Estamos cientes de que Angola alcançará esses objectivos num futuro próximo”, ressaltou.
Fonte: Angop